GFS - Honestamente, fiquei surpreendido com o convite e aos poucos você vai entendendo que o importante é se concentrar pra justificar a confiança com trabalho sério, objetivo e com poucos erros.

Conhecemos-nos há muito tempo e você sabe bem que jamais contabilizei pessoalmente esses feitos. É um veterinário sul-americano, brasileiro que terá que cumprir essas funções. Sempre repeti aos meus cavaleiros que no exterior, seja onde for você representa a sua classe, seu continente e seu país e a responsabilidade é enorme.

O Europeu não costuma respeitar a cultura americana, nem a do Norte quanto menos a Latina. Existem dúvidas e preconceitos que não devem ser debatidos, é através do tempo que você adquire o respeito e a confiança e, uma vez adquiridos, você tem que ser regular e cuidar disso.

Por isso às vezes sinto quando acontece algo de negativo relacionado ao Brasil, significa que terá de ser reconstruído, você dá passos atrás, mas enfim, acho que a história é construída assim mesmo, com altos e baixos.

Se hoje me foi confiada essa missão, é importante saber que existe uma história construída no passado, afinal são mais de 200 participações em provas na Europa, membro da comissão veterinária do Europeu Adulto em Florac 2011, Europeu YR na Bélgica 2012 e Veterinário Estrangeiro no Mundial de YR em 2013 em Tarbes, sem falar que fui 16 vezes seguidas veterinário da prova de Compiègne, feito que nenhum francês conseguiu e este ano participarei do Campeonato da França pela 11ª vez seguida como veterinário FEI.

Foram anos de trabalho de cooperação com a equipe da França de enduro desde a época de Pierre Cazes até os tempos atuais e várias outras atuações em diferentes disciplinas, como juiz da Nacional do Cavalo Anglo Árabe em Pompadour; quatro anos juiz de cavalo Sela Francês em Fontainebleau na mais importante semana de cavalos novos do mundo e estágios de treinamento de cavalos PSI nas melhores cocheiras de Chantilly com Chriquete Head, Carlos Lafon Parriaz, Michael Delzangles e em Pau com Jean Claude Rouget.